Os países signatários do acordo firmado na COP21 em Paris para conter os efeitos da mudança climática observam com cautela a postura do novo Presidente Americano, Donald Trump, que classifica a mudança climática como uma farsa e diz que irá rasgar o acordo parisiense, sustar quaisquer fundos de contribuintes dos EUA destinados a programas da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o aquecimento global e ressuscitar a indústria carvoeira de seu país. 

O secretário de Estado americano, John Kerry, se vê pressionado a garantir aos delegados de quase 200 nações que podem contar que os EUA vão respeitar o Acordo de Paris de 2015, disse, já quase no fim do encontro da COP22, que está “confiante” de que os compromissos climáticos de Washington não podem ser revertidos “independentemente de qual política seja escolhida” pelo sucessor de Barack Obama na Casa Branca, Donald Trump.

Os conselheiros de Trump estão analisando formas de contornar um procedimento que faz com que países signatários levem quatro anos para abandonar o pacto, segundo disse uma fonte que trabalha com a equipe de transição a cargo de energia internacional e política climática.

Em comunicado divulgado na quarta-feira (16), mais de 360 empresas, na maioria americanas, pediram a Trump que respeite o acordo contra o aquecimento global, é quase um “Você não me representa”:

“Pedimos a nossos líderes eleitos que apoiem claramente a participação contínua dos Estados Unidos no Acordo de Paris”, afirma o texto. Nike, Gap, Starbucks, Levi’s e DuPont estão entre as empresas signatárias da carta aberta a Trump e a membros do Congresso.

Difícil acreditar que depois de tanto progresso em meio a tantos acordos, podemos ter uma regressão significativa devido a postura de um governante, que ainda tem muita influência global, seja positiva ou negativa.

Frente a essa guerra de egos, o mundo aguarda ansioso por um planeta mais saudável para todos.